quarta-feira, 28 de julho de 2010

Empty Apartament

Eu sei que faz tempo que eu não passo por aqui, mas estava passando por perto, e tive que parar e ver como estão as coisas por aqui. Se o Will continua fazendo as melhores panquecas da cidade, se o café ainda é péssimo, e se aquele garçom novato já aprendeu a dar 5 passos sem derrubar tudo. A minha vida tá boa sim...agenda lotada, conhecendo mil pessoas, fãs, tudo o quê eu sempre sonhei, sabe? Não, não. Com essa correria que tá, não consigo nem passar um tempo com a minha Tia. Sabe aquela...que gostava muito de você. Ela ainda pergunta como você está, deverias dar uma passada por lá, com certeza ela ficaria muito feliz. É, esses tablóides inventam cada coisa, eu não tô namorando não. E você? Já deve estar casada, com uns 3 filhos! Lembro do teu sonho louco de lotar uma casa com monstrinhos. Olha, eu tenho que ir, mas tá aqui o meu celular, me liga quando tu tiver um tempo, tenho certeza que dá pra arranjar um dia para nós jantarmos, colocar o papo em dia, né? Vou indo, tchau, se cuida Will!
Mentira, dei meia volta porque eu não tava passando por perto não, nem vim aqui só pra saber essas amenidades. Vim pra sentir o cheiro de hortelã do teu cabelo, pra ver o teu sorriso iluminado, e teus olhos castanhos como chocolate. Vim aqui, pra te dizer tudo que, quando eu tinha 16 anos sentia, mas não tinha coragem de te falar. Vim pra dizer que te amo! Não do jeito fraterno, mas do jeito de te querer pra sempre do meu lado, junto com um bando de monstrinhos, nossos monstrinhos. Eu sei, eu sei, minha vida tá uma correria, tá super diferente da tua, mas e se eu desistir de tudo? Por tu eu faço isso...agora tu faz por mim? Tu se sente do mesmo jeito que eu? Como se o apartamento que tu vive estivesse eternamente vazio, esperando uma determinada pessoa. A minha determinada pessoa é você. E a tua?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lembre-se de mim.

Férias é teoricamente o momento em que todos saem para se divertir, viajar, e sei lá o quê. Mas as minhas são sempre um tédio. Talvez porquê não tenha nada pra fazer na minha cidade, talvez porquê as minhas amigas estão sempre fazendo coisas que eu não suporto. E tem uma possibilidade, uma pequena possibilidade, de inconscientemente meu cérebro/coração bloquear qualquer tipo de sentimento que eu possa sentir nesse período. Não que em dias "normais" eu seja diferente, só acho que quando a temperatura começa a baixar, julho chega, e todo mundo vai para a casa de campo da família...eu lembro dele. Bem, não só dele, porquê dele eu lembro o tempo todo. Mas de tudo que aconteceu, que nós passamos juntos. De tudo o que eu perdi. Não vou ficar aqui me lamentando, nem falando o quanto foram maravilhosos aqueles dias, porquê não posso voltar atrás e mudar o fim, e nem vocês podem entender o quê foi. "Claro, uma menininha de 16 anos apaixonada por um garoto, posso ver isso em qualquer lugar", mas a diferença é que não foi mais uma história boba de amorzinho de verão. Foi real. Tão real quanto a tatuagem no meu pescoço, quanto o anel no meu dedo. Tão real quanto o tumulo no cemitério.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Scars On Land

“Um conto de fadas as avessas”. Mas nunca é um conto de fadas, é só as avessas. Da vontade de desistir. Desistir de que? Não existe teste, procura, busca. Só frustração. A garota é complicada demais, sentimental demais, os amigos dela são chatos. O garoto só faz coisa errada, quer curtir a vida, não quer se prender. Ela foi pr’um lado, ele pr’outro. Não se encontraram pra mais de 2 meses, não ligaram, não choraram – ela chorou. Ele achou outra, que preenchia tudo o que queria. Eles se encontraram, não se falaram, só ficaram se encarando por 1 minuto ou mais. Ela morreu por dentro, ele sentiu como se uma parte dele estivesse podre – talvez o coração. Ela chorou ouvindo a música que tocou no dia da festa, ele saiu pra beber.
Nunca mais se encontraram.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Painting Flowers.

Daí a uma semana, eu sabia, esse tempo tão curto pareceria nada. Mas, por agora, ele se estendia diante de mim tão infinito quanto um céu estrelado, e não queria pensar no que viria depois. Isso só estragaria tudo. O que interessava era o aqui e agora.