quarta-feira, 14 de março de 2012

Absolutely Sweet Marie.

Não deixe ele escapar, não deixe ele escapar.
Já fazia quase 3 anos que o namoro passava por águas escuras, mas nenhum dos dois queria acabar. Se esforçavam, forçavam. Não o amor, mas a convivencia.
Era duro, se ver tanto, mas se falar tão pouco; Parecia casal surdo e mudo, ela pensava sem realmente pensar.
Falavam por horas, se davam muito bem, se gostavam, se entendiam, se respeitavam. Se amavam. Mas desde o começo o medo perseguia, por ruas, esquinas escuras, amizades diferentes, horários que não se batiam, ciúmes, raiva, rancor.
Ela olhava pra ele e esquecia disso tudo, cinco minutos e, quem disse que o melhor amigo dele é assim tão insuportável? Queria casar, ter filho, construir família. Ser a mãe dos filhos dele. Afinal, aquela menina que anda com os meninos nem coloca tanto risco assim.
Tinha medo do que poderia acontecer nos próximos capitulos, era apavorada com a ideia de não o ter na vida. Não sabia mais o que era respirar sem o cheiro dele. Não queria, não podia, não devia.
Por favor, não me deixe. Ela pedia.