quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Don't bring me down.

Tanto problema, tanta coisa no mundo, na minha vida, e eu só enxergo uma coisa. Você. Não que me faça bem, tire minha cabeça dos problemas ou me dê a certeza de que tudo vai ficar bem. Mas você me faz ter a certeza de que nada pode piorar, que não importa o quanto as pessoas tentem me machucar, foi você que mais machucou. Não quero te ver, passar na rua que tu mora, ir nos lugares que tu vai. Mas não é como se eu tivesse opção né? Você apareceu e se implantou em todos os aspectos da minha vida, cada arte, cada lugar, cada situação, cheiro, sentimento.
Será que algum dia isso acaba? Será que algum dia vai ser possivel voltar a sentir tudo o que um dia, eu senti?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Espinhos.

-Então Ana Paula, eu estou achando essa juventude muito transviada, só pensam em balada, sexo, drogas...nada de janta, filho e marido. Dia desses a Alice tava reclamando porque não tinha roupa que coubesse. Mas é óbvio que não haveria, deixou sua cintura crescer uns 5cm, não vou nem falar da coxa!
-Ah minha filha, e a Elizabethe, que inventou de deixar o cabelo crecer? Mas, mandei tirar logo essas ideias da cabeça, que filha minha não é hippie! Imagina só que escandalo.
-Pois é, querida, jájá estarão querendo usar calças! Pense num escandalo! Eu nem peço mais que virem dona-de-casa, porque as duas que eu criei, nem parece que vem do meu ventre, são duas loucas por liberdade. Aonde já se viu? Querer trabalhar e deixar casa, marido e filho pra depois?
-Aqui em casa só sai se casar, e tenho dito! Nada de conversinha de morar fora, de ter tanta liberdade...não quero filha minha falada! Não faz bem pro nome da família, da pra imaginar um absurdo do Sr. meu marido Hernandes, ser chamado a atenção por causa de uma dessas libertinas? Nada disso!
-No nosso tempo que se tinha uma vida certa, obedecia pai, mãe e Deus.
-Aonde foi que nós erramos?
-Não foi a gente, foi o tempo que passou, as ideias que surgiram e a TV que colocou esse monte de coisa na cabeça dessas crianças.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Por você.

O que tu quer? Que eu viaje todo dia 520 mil km pra te encontrar? Que eu largue meu emprego, minha vida toda aqui, pra ficar do teu lado? Quer que eu pague pra tu largar tua vida toda aí? Porque eu faço o que tu quiser, escolhe aí, o lugar que a gente vai viver. Mas vamos ficar juntos, por favor. Largo meus sonhos, nem sequer acabo esse filme que eu to fazendo, eu largo o jornal e vou ficar do teu lado.
Porque é assim, ou eu te tenho ou eu te tenho. Vida sem você não tem mais sentido, graça, cor. Desisto de te fazer entender minhas opiniões, meus gostos, agora é tudo sobre tu, sobre o que tu quer.
Me diz, diz aí, que eu faço sem pensar duas vezes.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Desolation Row.

Sinto sua falta, sinto sua falta quando eu não te vejo por um dia, quando não te vejo por uma hora e mesmo quando você está ao meu lado. Sinto a falta de ter você pra mim, mesmo que não exista nada pra sentir falta.
Queria poder te abraçar, conhecer tua sala, de saber o que se passa na tua cabeça quando eu apareço, de saber teu cheiro decorado, e a fala favorita do filme preferido.
Te quero do meu lado quando acordar e quando desmoronar. Que tenha uma música que te lembre de mim, e que seja uma grande parte do teu dia me encontrar. Talvez planos, sonhos ou só o momento. Talvez seja pra vida, ou por um tempo. Te quero. Quero que tu me queira.