sábado, 10 de dezembro de 2011

Virada.

Manhã do dia 31 de dezembro. A cozinha ferve com os preparos para a última ceia, a cozinheira recheia o peru, enquanto a faxineira limpa a casa e a dona anda de um lado para o outro reclamando em quanto ainda tem que fazer. 'Arrumar essa zona que meus filhos deixaram, pegar a roupa na lavanderia, cabelo, maquiagem... Só descanço próximo ano'. Manhã e tarde atarefadas para a festa. 'É só uma data diferente no calendario, não precisa de tanta frescura' dizia o dono da casa 'Não é frescura, é tradição' replicava sua esposa.
22hs, os convidados chegam. Só a famíla. Tios, primos, irmãos. Uma senhora surge do corredor escuro, com um vestido branco, com cara de velho. Passou a tarde inteira reparando, lavando, engomando. Senta numa cadeira em frente a janela.
23hs, 23:30... 5,4,3,2,1!
Após os fogos, sem falar com ninguém, ela se levanta e vai embora, vai dormir.

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